A escoliose é uma condição médica que afeta a coluna vertebral do indivíduo. Nesse quadro, a região apresenta uma deformação lateral em formato de curva, geralmente formando um “S” ou “C”. Em determinadas situações, o grau da curvatura permanece estável e não gera maior complicações. Outros casos podem progredir ao longo dos anos, o que faz com que os sintomas apareçam.
Mas afinal, qual é a melhor maneira de se tratar a escoliose?
O tratamento correto varia de acordo com a severidade, a localização ou a causa da curvatura. Para os desvios menores, por vezes basta a observação periódica de um especialista Osteopata.
A escoliose pode ser dividida em categorias principais. São elas:
– Idiopática: é a manifestação mais comum da enfermidade, sendo prevalente em crianças e adolescentes. Como a taxa de crescimento do corpo é maior nessa fase, as chances de progressão da curvatura são significativas. Não possui causa identificada.
– Congênita: responsável por cerca de 10% dos casos, tem origem em anomalias na formação ou na divisão das vértebras. Portanto, a questão se apresenta desde o nascimento.
– Neuromuscular: inclui as sequelas de condições neurológicas como poliomielite, distrofia muscular ou paralisia cerebral. Pode ser decorrente de anomalias cromossômicas e/ou disfunções que atingem o tecido conjuntivo. Ou seja, está relacionada à fraqueza muscular.
– Pós-traumática: ocorre após um trauma como acidente, queda ou fratura. É decorrente de anomalias cromossômicas e/ou de disfunções que atingem o tecido conjuntivo.
As terapêuticas recorrentes consistem especialmente no uso de coletes ortopédicos ou em procedimento cirúrgico. Até o momento, não estão disponíveis opções medicamentosas para curar a patologia.
No caminho conservador, prescrevem-se sessões de fisioterapia focadas em RPG (Reeducação Postural Global) para atenuar os sintomas e reduzir o desvio. As manobras contribuem para os processos respiratórios, desenvolvem a consciência corporal e o alinhamento das vértebras.
O acompanhamento médico semestral é essencial, em particular para crianças.
Para desvios de 20 a 40 graus, coletes de Milwaukee ou de Boston também são boas opções. Esse recurso deve ser utilizado de 16 a 23 horas por dia e o modelo ideal de colete depende de cada caso.
Já quem tem curvatura superior a 40 graus é candidato à intervenção cirúrgica. Os objetivos do procedimentos são:
- alcançar algum índice de correção;
- conter a progressão da curva.
Como regra, a operação permite prender implantes de metal à coluna. Essas estruturas estão conectadas a uma ou duas hastes que corrigem o posicionamento da coluna até que as vértebras componham um único bloco ósseo. Após tal terapêutica, não é preciso usar nenhuma espécie de colete ou gesso. Em média, a internação hospitalar dura 5 a 7 dias e o paciente está liberado para voltar à rotina em um mês.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como osteopata em São Paulo e Belo Horizonte.