Agende V. Mariana Agende Faria Lima
Realidade virtual e fisioterapia: qual a relação?

Nas últimas décadas, graças ao investimento em pesquisa, desenvolvimento e novas tecnologias, houve um avanço considerável nas diferentes áreas do atendimento em saúde, em especial na prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias diversas. Com a fisioterapia não foi diferente.

Essa especialidade atua na recuperação de diversos quadros, como fraturas e sequelas de acidentes vasculares cerebrais (AVC). No entanto, um dos maiores desafios enfrentados no dia a dia de fisioterapeutas é a adesão para realizar o tratamento, pois, para ser eficaz, deve haver uma série de repetições dos exercícios, o que torna o processo bastante monótono do ponto de vista do paciente.

Essa realidade está começando a mudar, pois os exercícios tradicionais para o fortalecimento de músculos e articulações podem ser beneficiados pela utilização da tecnologia.

Uso da realidade virtual na reabilitação

Em artigo publicado recentemente por Erik Nardini Medina, na Revista Eletrônica de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, demonstra-se o potencial da utilização da realidade virtual em sessões fisioterapêuticas.

Essa realidade é do tipo gesture collection, um conjunto de aplicativos que permite a interação com o computador por meio de gestos, aplicativos bastante conhecidos e utilizados em larga escala, como em videogames, por meio de um dispositivo chamado kinect.

A grande vantagem dessa tecnologia está no fato de que as pessoas podem interagir com o computador, sem necessidade do uso de periféricos, como teclado ou mouse. Os inputs, isto é, as ações necessárias para a execução de determinada tarefa, são feitos por meio de um dispositivo que reconhece e interpreta gestos.

Assim, mesmo que tenham surgido como uma maneira de entretenimento, o potencial de utilidade dos aplicativos de gesture collection logo foram identificados e empregados na recuperação de pacientes.

As primeiras pesquisas para a criação desse tipo de dispositivo tiveram início há mais de 15 anos. Ao que tudo indica, sua adoção se tornará cada vez mais comum em diversos campos da medicina.

Aplicações em fisioterapia

Além de tornar as sessões de reabilitação lúdicas e mais prazerosas, a principal vantagem da utilização da realidade virtual está no fato de associar estímulos cognitivos com estímulos motores.

A implementação dos aplicativos em consultórios fisioterápicos é bastante simples e tem custo relativamente baixo. É necessário apenas o computador, o dispositivo kinect e o software em que os exercícios serão praticados.

Assim como em um jogo, ao dar início à sessão, o fisioterapeuta pode escolher qual a melhor sequência de exercícios para tratar aquele paciente específico. As informações ficam armazenadas e podem ser consultadas a qualquer momento, algo bastante útil para, por exemplo, monitorar o progresso da pessoa.

Apesar de estar ainda em fase de testes, a realidade virtual pode contribuir de maneira extremamente significativa para a recuperação de indivíduos em fisioterapia. Gostou dessa nova possibilidade?

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como osteopata em São Paulo.