Você já ouviu falar em hormônios da saciedade? Sim, eles existem e estão diretamente ligados à forma como as pessoas se relacionam com os alimentos.
Distúrbios da alimentação, como a obesidade, estão relacionados diretamente a alterações na produção desses hormônios.
Todos conhecem o processo que leva ao ganho ou a perda de peso. Ele está relacionado à quantidade e à qualidade de alimentos que consumimos. Se você come muito e mal, a tendência é engordar. Comendo na quantidade certa e com qualidade, manter-se-á dentro do peso.
A alimentação deve ser balanceada e conter todos os nutrientes que o corpo precisa para se manter funcionando. Se você tem uma dieta rica em carboidratos, açúcares e gordura, ganhará alguns quilos. Isso acontece porque esses nutrientes são transformados em energia pelo organismo, ou seja, quando ingeridos em excesso, o organismo os transforma em gordura, localizada, principalmente, na região do abdômen.
Comer é só a ponta do iceberg
A verdade, no entanto, é que os hábitos alimentares são condicionados por uma série de fatores de origem genética, psicológica, hormonal e metabólica, ou seja, comer é só a ponta do iceberg, uma reação a uma série de estímulos relacionados aos impulsos e à saciedade.
É por essa razão que cresce a importância do tratamento transdisciplinar da obesidade, um grave problema de saúde na atualidade, fator de risco para muitas doenças.
O que se propõe é uma abordagem integrada, que envolva nutricionista, endocrinologista, psicólogo, educador físico e quaisquer outras especialidades que possam estar ligadas ao tratamento do paciente em específico.
A importância dos hormônios da saciedade
Dentro dessa abordagem, é cada vez mais reconhecida a importância dos hormônios no equilíbrio alimentar do indivíduo. Produzidos pelas glândulas, eles são responsáveis pela moderação das diversas funções do organismo, dentre elas a alimentação e o metabolismo.
Dois hormônios chamam atenção nesse processo que envolve a fome e a quantidade de comida ingerida. Um deles é a grelina, considerado o hormônio da fome, que é produzido no estômago e sua função é estimular o apetite, além de ajudar no controle do balanço energético. Quando o corpo precisa de alimentos, a grelina envia sinais ao hipotálamo, que entende que é hora de comer.
Por outro lado, a leptina, produzida nos adipócitos, células que armazenam a gordura no organismo na forma de reservas energéticas, enviam sinais de saciedade ao cérebro, informando que não há mais necessidade de comer porque as demandas nutricionais foram atendidas.
O problema é que quanto maior a incidência de gordura no organismo, maior a produção de leptina. Ao contrário do que se possa pensar, esse excesso não inibe o apetite. O organismo passa e desenvolver resistência à leptina e os sinais de saciedade acabam não sendo mais decodificados corretamente pelo cérebro, que não entende que é hora de parar de comer.
A consequência desse processo é o aumento de peso. Se o indivíduo tem uma alimentação pessimamente balanceada, o resultado é o ganho de peso, acompanhado de baixa qualidade nutricional, sendo que a ausência de tratamento acaba por acarretar um círculo vicioso, levando à obesidade.
Há outros hormônios da saciedade além da leptina: a colecistoquinina e peptídeo YY. São elementos sofisticados que conseguem fazer a leitura da entrega de nutrientes da alimentação, indicando ao cérebro a hora em que não é mais necessário comer.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como osteopata em São Paulo e Belo Horizonte.