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Escoliose e estirão de crescimento: saiba a relação

Caracterizada por uma curvatura exagerada e anormal na coluna vertebral, a escoliose muitas vezes está relacionada ao crescimento. Existem três tipos diferentes dessa deformidade: a congênita, a neuromuscular e a idiopática.

Quase todos os adolescentes passam pela fase do estirão de crescimento, ganhando muitos centímetros em pouco tempo. Nesse período, a escoliose tem maiores chances de aparecer e é preciso observar atentamente os sinais para direcionar o problema ao tratamento correto.

Ao longo deste artigo, vamos explicar melhor sobre particularidades desse problema. Continue a leitura para saber mais!

Um panorama sobre a formação da coluna

A coluna vertebral do ser humano é formada por 33 vértebras sobrepostas, entre as quais ficam os chamados discos intervertebrais cuja função é, principalmente, amortecer os impactos sofridos no cotidiano, para evitar lesões por sobrecarga.

Quando uma criança nasce, a coluna ainda não tem a curvatura bem definida. Ela é reta e tem a chamada curvatura cifótica, no formato da letra C, como se a criança fosse corcunda.

À medida que o bebê vai se desenvolvendo, ele começa a engatinhar e levantar a cabeça para observar o mundo ao seu redor. Assim, se forma a lordose cervical fisiológica, a curvatura do pescoço.

Em seguida, quando a criança cresce um pouco mais, começa a se apoiar em objetos para levantar e a dar seus primeiros passos. Dessa forma, é desenvolvida a lordose lombar fisiológica para centralizar o centro de gravidade do seu corpo.

Ao atingir a puberdade, meninos e meninas passam pela fase chamada de estirão do crescimento, quando há o ganho significativo de centímetros de altura em pouco tempo. Ele costuma acontecer entre os 10 e os 13 anos de idade (podendo variar de pessoa para pessoa), quando alguns adolescentes chegam a crescer até 13 centímetros em um único ano.

A relação entre a escoliose e o estirão do crescimento

É no período do estirão, quando o adolescente cresce muito rápido, que a escoliose tem maiores chances de acontecer. Isso porque a curvatura da coluna vertebral se acentua tanto para os lados, quanto para frente e para trás. Tem-se, então, uma deformação tridimensional (embora, durante muito tempo, acreditou-se que ela fosse apenas lateral).

A escoliose, no estirão do crescimento, acomete com mais frequência as meninas, um pouco antes da primeira menstruação. As causas exatas ainda são indefinidas e, neste caso, a escoliose é classificada como idiopática.

Como identificar

A deformidade da coluna de alguém que apresenta escoliose, após o estirão, é de pelo menos 10 graus. A própria má postura na adolescência é um fator de risco, que aumenta as chances de desenvolver o problema.

Na maioria dos quadros, o adolescente não sente dor, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Assim, a deformidade acaba sendo identificada por um médico em uma consulta de rotina, ou quando o próprio jovem percebe alguma inadequação estética.

Existe tratamento?

Inicialmente, o tratamento da escoliose idiopática desenvolvida no estirão do crescimento consiste em observação e acompanhamento especializado para analisar se a curvatura está aumentando, ou já se encontra estável. A prática de atividades físicas direcionadas, como a natação, pode ser uma ótima aliada para corrigir o problema.

É preciso, entretanto, que o adolescente seja avaliado pelo ortopedista a cada seis meses pois, se não houver sinais de melhora, o médico pode recomendar o uso de coletes específicos, ou até mesmo intervenção cirúrgica.

Esse último caso, no entanto, é indicado apenas para quadros mais complexos, com curvaturas de mais de 40 graus, por exemplo. Deve-se sempre consultar o médico ortopedista para orientações corretas sobre sua situação.

 

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